A Morte e o Morrer.

Propósito que nos guia:

Qual o Sentido da Vida Morte e o Morrer: Em nossa existência, a vivenciamos com sentido de vida (de existir). Caso tenhamos problemas nessa constituição de nosso ser, podemos experienciar desde saúde (vivência com gosto), chegando a angústia e depressão. Sou psicólogo e já presenciei muito isso e não apenas em minha prática clínica.

Tudo em nosso existir vem com sentido, amor, dinheiro, espiritualidade, ateismo, conquistas diversas. O sentido pode ser mais autêntico, quando se tem consciência verdadeira de como foi construído e escolhido; chegando ao inautêntico, absorvido sem consciência e escolha. Você talvez já tinha dito ou escutado a seguinte frase, após um rompimento amoroso: “minha vida perdeu o sentido”, assim como para determinada atividade, etc. O sentido nos guia, como se diz “faz sentido”; animais por outro lado, não precisam de sentido, essa é uma diferença básica entre nós.

Trabalhamos com o conceito de que o sentido da vida não é algo único e eterno (até pode ser) em poucos casos, mas é constantemente desenvolvido, aprimorado. No início o grande sentido pode ser o colo da mãe, passando por doces, brinquedos, brincadeiras, 1º beijo, etc. Até chegar ao ponto, numa pessoa amadurecida, de ser algo que se busca, luta, questiona e compartilha. E, não é apenas algo “grandioso e único”, como por exemplo ajudar as pessoas de extrema carência, é também para as “pequenas” coisas do dia-a-dia, como brincar com seu cachorro.

O filósofo Zeljko Loparic, unindo essa questão com a ‘teoria do amadurecimento’ do analista Winnicott, diz: “Desde a primeira mamada até a última tragada, o ser humano tem o mesmo problema central identificado por Winnicott e Heidegger como o problema do sentido do ser”, o sentido de vida.

Por vezes me perguntam qual o sentido –

é algo dado por nós mesmos…

 Destaco um trecho da professora Dulce Critelli: “O homem nos é apresentado por Heidegger como o pastor do ser, seu guardião. Mas o que o homem guarda é o sentido do ser, vela por ele através das palavras. O homem pastoreia o sentido de ser, isto é, cuida do ser através da linguagem. Por isso Heidegger vê os poetas como os próprios guardiães do ser; a poesia contraposta à linguagem científica que revela o aspecto objetivável e calculável das coisas, pode tornar tangível o sentido do ser de todas as coisas em nossa existência com elas”. (Critelli, 1984, p.21).

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DR. Claudio Bacellart Psicólogo USP

Espero Ter Ajudado!

 

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